segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CONCENTRADORES DE OXIGÊNIO

Concentradores de oxigênio
     O uso de cilindros e concentradores de oxigênio é uma realidade na vida de muitos portadores de fibrose pulmonar e/ou hipertensão pulmonar, visto que infelizmente essas doenças tendem a evoluir, fazendo assim com que o médico indique a oxigenoterapia, a qual consiste na administração de oxigênio em uma concentração maior do que a encontrada na atmosfera.
     Ao nível do mar, a concentração de oxigênio no ar ambiente é de 21%. Com o uso de concentradores e/ou Cilindros, o ar fornecido ao paciente é "enriquecido" com oxigênio, tornando a respiração mais fácil e promovendo assim  a  diminuição  da  carga de  trabalho  cardiopulmonar.
     Quando o paciente recebe do médico a indicação da necessidade de uso de oxigênio, muitas dúvidas surgem, pois normalmente ele nunca precisou preocupar-se com: Tamanhos e tipos de cilindros, capacidade em m³, capacidade em litros, válvula reguladora de pressão de cilindro, manômetro, concentradores de oxigênio (modelos, capacidades, cuidados), mangueiras, cateter, etc.
     Tentarei passar um pouco do que aprendi sobre esses termos, os quais acabarão sem dúvida fazendo parte da vida de quem necessitar fazer uso de O2 (oxigênio).
Concentradores não portáteis
     Os Concentradores de Oxigênio, são equipamentos elétricos que concentram o oxigênio a partir do ar ambiente, utilizando a tecnologia de separação de gases através de peneiras moleculares. São ligados na tomada da casa. Não são portáteis e permitem a regulagem de fluxo de 0,5 Litros  até 5,0 litros/min a uma concentração de até 96% de oxigênio, ou seja, enriquecem o ar ambiente, elevando de 21 % para próximo a 96 % a concentração de oxigênio, tornando assim a respiração mais fácil.
     Os Concentradores geralmente possuem sistemas de alarmes para falta de energia e falhas no sensor de oxigênio ou outro problema técnico. Um apito bem forte é acionado, para que alguém verifique o problema, visto que a vida do paciente pode  estar em perigo devido a falhas no fornecimento de oxigênio.
     Possuem pequenas rodinhas, facilitando seu deslocamento e oferecendo mobilidade ao paciente dentro de sua residência. Como não são portáteis, não podem ser ligados na tomada de 12 volts dos carros.
      Importante: Cabe ao usuário ver no manual a forma de como fazer a higienização do aparelho. Algo bastante importante é limpar frequentemente o filtro de ar do aparelho, caso o manual indique. o modelo que faço uso acumula muito pó no filtro que fica na parte traseira. Limpo a cada 3 dias, retirando o excesso de pós e passando debaixo da agua.
     Abaixo estão listados os modelos mais comuns. 
              AirSep                                         EverFlo                            

  

    Devilbiss                                       Millennium




Regulando a saída de oxigênio: Todos os concentradores possuem um regulador de saída de oxigênio, podendo-se fazer ajustes de 0,5 até 5 litros, na maioria dos modelos (ver imagem). Quem indica a quantidade de oxigênio a ser usada, geralmente é o pneumologista, mas o paciente deve ficar atento na sua saturação de oxigênio, a qual pode ser medida com a ajuda de um oxímetro de dedo (ver imagem). O oxímetro mede tanto a saturação de oxigênio no sangue, a qual deve estar acima de 90 %, como também os batimentos cardíacos.
Regulador de saída de oxigênio                               Oxímetro

     







Geralmente o médico indica uma quantidade de oxigênio para repouso, outra para atividades e outra para hora de dormir.
     Atualmente eu uso 3 litros durante o dia, para fazer fisioterapia e para dormir. Quando vou tomar banho e logo que acordo, geralmente uso 5 litros. Usar oxigênio demais ou de menos pode ser prejudicial para o paciente. Caso o mesmo note que a saturação está muita baixa, recomenda-se falar com o médico.

Copo umidificador:
     Tanto os concentradores, como também os cilindros, possuem um copo umidificador que são acoplados antes da mangueira (Ver imagem). A finalidade é umidificar o ar que sai do equipamento, evitando assim que o mesmo resseque muito a parte interna do nariz, o que poderia causar sangramentos nasais.
     Me orientaram a utilizar água fervida e previamente fria, para enchê-lo. Algumas pessoas me informaram que usam agua mineral, porém, nesse caso existe a necessidade de ficar constantemente de olho no caninho que vai dentro do copo umidificador, para ver se os minerais não estão entupindo o mesmo, após alguns dias de uso. Esse copo possui uma medida máxima e mínima para que o usuário evite encher demais ou de menos o mesmo. Fui orientado a encher sempre até o meio dessas marcas.  
                                     Copo umidificador

Mangueira/extensão:
     A mangueira é utilizada tanto nos concentradores, como também nos cilindros (Ver imagem). Recomenda-se utilizar uma com comprimento suficiente para permitir que o paciente tenha bastante mobilidade no espaço onde vive. A minha possui 7 metros de comprimento. Também é recomendado fazer a troca dessa mangueira de tempos em tempos.

                                       Mangueira

Cânula (catéter) nasal:
     Ligada no final da mangueira, vai a cânula (catéter) nasal (ver imagem). Existem as cânulas para adultos e infantis. A troca da cânula geralmente é feita bem mais frequentemente do que a troca da mangueira. Recomenda-se também lavar a mesma algumas vezes por semana, com agua e sabão neutro ou usando um desinfetante apropriado. Uma das imagens a seguir, mostra a forma correta de usar o cateter.
Cânula (cateter) nasal         Posicionamento do cateter

Oxigenoterapia - Link com mais informações:


Concentradores portáteis
     Dependendo da situação do paciente, é possível que o mesmo possa utilizar um concentrador de oxigênio portátil, aumentando assim a mobilidade do mesmo, facilitando os passeios, idas a mercado, consultas médicas, viagens, etc.
     Eu aluguei uma vez o concentrador EverGo - Philips Respironics e acabei não me acostumando a ele, pois o mesmo usa a tecnologia de pulsos sobre a qual comentarei mais adiante. Essa tecnologia permite a economia da bateria, porém faz com que a pessoa precise sincronizar sua respiração com o fluxo de ar que sai do equipamento. Por sua vez, o equipamento também fica a todo momento tentando detectar sua respiração, para também se adaptar. Outra caracteristica que dificulta o uso desse modelo, é o fato do mesmo possuir uma vazão de oxigênio pequena, ou seja, não são todos que podem se beneficiar desse modelo e da muitos que estão a venda no mercado, pois a maioria fornece de 1 a 2 litros de O2 no máximo. Os pacientes que apresentam uma frequência respiratória alta ou que necessitem de fluxo elevado de oxigênio poderão necessitar de mais oxigênio do que a capacidade de produção do concentrador portátil , portanto, podem não ser candidatos adequados.
     Para quem tem interesse em adquirir um concentrador portátil, o ideal seria alugar um modelo por 1 dia ou mais, para ver se consegue se acostumar com o mesmo. Outra opção é ver com o representante do equipamento se o mesmo possui um equipamento para testes antes da aquisição.
     Outro fato que limita o uso de concentradores portáteis, é o alto custo, pois os preços desses modelos mais comuns, está em torno de R$ 15.000 a R$ 20.000. 
Obs.: Os pacientes em Oxigenoterapia domiciliar devem ter um cilindro de reserva para ser utilizado em casos de falta de energia elétrica e/ou falha técnica do equipamento.
     Abaixo seguem algumas especificações importantes a serem observadas, quando se pretende adquirir um concentrador portátil.
Fabricante: Uma marca conhecida, geralmente permite uma melhor assistência técnica no futuro.
Vazão de oxigênio: Alguns fornecem apenas 1 litro de oxigênio. Outros fornecem mais, porém em modo pulsado, o qual não é de fácil adaptação para muitas pessoas.
Medidas (A x L x C) e peso: Quanto menores as medidas e o peso do equipamento, mais fácil será para carregar o mesmo, porém geralmente a vazão tende a ser menor.
Voltagem: A maioria dos equipamento portáteis é bivolt (110 V, 220 V) e podem ser utilizados também no adaptador de 12 volts dos veículos.
Tempo de autonomia da bateria: Alguns modelos permitem autonomia de 1 hora, 2 horas e até mais, porém esse tempo vai depender muito da vazão de oxigênio, do tipo de fluxo (pulsado ou continuo), do bom funcionamento das baterias, etc. O Manual do fabricante geralmente indica o tempo de autonomia da bateria em cada situação.
Outras: Algumas outras características a serem verificadas são: Maleta e carrinho para transporte, possibilidade de ligar na tomada do carro, assistência técnica, tempo de garantia, baterias extras, etc.
     Abaixo segue a imagem de alguns dos concentradores mais usados:
 Evergo
Fabricante: Philips
Vazão de oxigênio: Até 1,05 litro, podendo-se escolher entre seis regulagens de fluxo.

Medidas: 15 cm x 22 cm x 30 cm
Peso: 4,5 Kg com duas baterias e 3,8 kg com 1 bateria
Tempo de autonomia da bateria:
  4 horas, na vazão máxima, com duas baterias.

Maleta e carrinho para transporte: Sim
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim

 Simplygo

Fabricante: Philips
Vazão de oxigênio: Até 2 litros de fluxo continuo ou podendo-se escolher entre seis regulagens de fluxo no modo pulsado.

Medidas: 29,2 cm x 25,4 cm x 15,2 cm
Peso: 4,5 Kg com bateria instalada
Tempo de autonomia da bateria:
  3 horas em modo pulsado 2 (Baseado em 20 respirações por minuto) 54 minutos em fluxo continuo (2 litros)

Maleta e carrinho para transporte: Sim
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim
LifechoiceActivox
Fabricante:  Inova Labs
Vazão de oxigênio: Até 3 litros  no modo pulsado.

Medidas: 22,98 cm x 20,002 cm x 11,125 cm
Peso: 2,19 kg (com bateria interna)
Tempo de autonomia da bateria:
12 horas de autonomia a 1 litro por minuto.

Maleta e carrinho para transporte: Devido ao peso, não necessita de carrinho.
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim


FreeStyle
Fabricante: Inova Labs
Vazão de oxigênio: Até 3 litros  no modo pulsado.

Medidas: 21,8 cm x 15,5 cm x 9,1 cm
Peso: 0,8 kg (com bateria interna)
Tempo de autonomia da bateria:
3 LPM – 2 h; 2 LPM –
2,5 h; 1 LPM – 3,5 h

Maleta e carrinho para transporte: Devido ao peso, não necessita de carrinho.
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim

FreeLox 2
     O sistema Freelox 2  baseia-se no uso do oxigênio líquido. O sistema de oxigenoterapia Freelox 2  proporciona um fluxo contínuo de oxigênio respirável que pode ser ajustado para se adequar à prescrição médica.
    O  sistema  consiste  de  duas  partes,  o  recipiente  “RESERVA”  e  um  recipiente PORTÁTIL. O  recipiente  PORTÁTIL,  com  uma  capacidade  de  0.5  ou  1.2  litros de oxigênio liquido,  proporciona grande mobilidade com considerável autonomia de oxigênio.

Fabricante:  Cryopal
Importador e Distribuidor: Air Liquide Brasil Ltda.
Vazão de oxigênio: Até 6 litros  no modo continuo.

Medidas (Unidade Portátil de 0,5 litros) : 29,5 cm x 19,5 cm x 13 cm
Peso: 2,1 kg (cheio)
Tempo de autonomia da bateria:
Sem bateria, pois baseia-se na evaporação do oxigênio liquido. Autonomia depende da vazão e do tamanho do recipiente portátil. Por exemplo:
7  horas de autonomia a um fluxo de 2  l/min.  com um recipiente portátil de 1,2 litro).

Maleta e carrinho para transporte: Devido ao peso, não necessita de carrinho.
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sem uso de tomada, devido ao principio de funcionamento (evaporação do O2 liquido)
  
Obs.: Lembrar sempre que os concentradores portáteis não dispensam o paciente de ter um cilindro de oxigênio, para o caso de falta de energia elétrica.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

RESUMO DA SEMANA - 13/10 A 20/10/2016

Resumo da semana - 13/10 a 20/10/2016
     Penso que a informação sobre como esteve minha saúde em determinado período é importante, pois muita coisa pode acontecer na vida de alguém com fibrose e/ou hipertensão, as quais podem servir de informação importante para outras pessoas, tais como: Exames realizados, resultados, alteração no estado de saúde, mudanças no estilo de vida, mudança de medicamentos, etc.
     Antes de iniciar, porém, quero informar que esse blog já foi acessado cerca de 3817 vezes. Obrigado a todos que estão acompanhando as postagens. Não deixem de registrar os seus comentários, com sugestões, dicas, elogios, criticas ou outras informações que acharem relevantes. A ideia é que esse blog possa realmente servir de fonte de informação útil. Ao lado de minha foto, existe a opção "Seguir", caso desejem ser notificados de novas postagens.
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Resumo: Meu último post foi no dia 12/10 e de lá para cá várias coisas aconteceram comigo. No dia 13, eu estava sentindo-me bem. Já conversei com outras pessoas que tem Hipertensão pulmonar e notei que é comum termos dias bons e dias não tão bons. Esse dia 13, foi um dia relativamente bom, pois a própria fisioterapeuta me achou mais bem disposto. Apesar disso, não estava com muito apetite na hora do almoço (Arroz, bife de fígado, batata doce frita e macarrão sem glúten, com molho de tomate). Devo ter comentado no post anterior que estou tentando melhorar minha alimentação, removendo principalmente o leite e derivados, glúten e diminuindo o açúcar. Para a primeira semana, penso que estou bem, apesar de precisar melhorar, principalmente com relação ao açúcar. O difícil é achar substituto para o pão ou o bolo, pela manhã, alimentos que não usem o trigo, visto que ele, juntamente com o leite e açucares, são conhecidos por seu potencial de causar inflamações e mucos. Estou tentando substituir o pão pela tapioca, que é mais saudável. 
     No dia 14, iniciei o dia já com 3 gotas de Rivotril, para fazer um teste. Esse teste era para tentar evitar o sentimento de ansiedade que em alguns dias já acordava comigo. Esse sentimento de ansiedade tende a ser comum em pessoas que possuem restrições de locomoção, ou seja, precisam ficar em casa por estarem ligadas a concentradores ou cilindros  e por não poderem fazer algumas tarefas, muitas vezes simples. Muitas vezes a ansiedade pode estar ligada também a efeito colateral de um ou mais medicamentos que a pessoa faz uso em seu tratamento.
     Durante a fisioterapia, tive dificuldades em fazer o exercício usando a escada, pois o exercício foi alterado para subir e descer dois lances de escada, durante 10 vezes. Eu consegui fazer apenas seis repetições, antes de cair a saturação para próximo a 70 %. A tarde a respiração estava um tanto quanto ofegante. Talvez um pouco de ansiedade ainda.
    No final da tarde sai com a Lilian (minha esposa), para buscar as crianças no colégio.Usei um parte da carga do cilindro, que havia sobrado da última vez que fui a uma consulta médica.
   Saturação as 21:00 estava em 97 %, usando 2,5 litros no concentrador. Esse é um bom valor, a esperança é diminuir para 1 Litro, e na sequencia não precisar mais usar o concentrador, mas....isso depende de muita fisioterapia e de uma boa resposta no tratamento com medicamentos.
   No dia 15 (sábado) infelizmente, tive o sentimento de ansiedade, principalmente pela manhã. Tomei Rivotril, mas resolveu apenas parcialmente. Não fiz fisioterapia. Esposa foi levar o filho maior (7,5 anos) no treino de futebol e fiquei em casa, cuidando do menor (3,5 anos). O bom é que ele é comportado e não dá maiores trabalhos, pois algumas tarefas que exigissem maiores esforços, eu não poderia fazer.
     Já no dia 16 (domingo), não tive sentimento de ansiedade. Ainda estou tentando descobrir o que causa esse sentimento em alguns dias apenas. Não sei se é alguma medicação que tomo ou deixo de tomar, algum alimento de como, alguma coisa que faço ou deixo de fazer, se depende da quantidade de horas de sono ou outro motivo que nem faço ideia. Com a graça de Deus, espero logo descobrir, pois a ansiedade faz a respiração ficar mais curta. A sensação é como se estivéssemos com pouco oxigênio, mesmo a saturação estando acima de 90 %. Nesse domingo abençoado, pude ir na igreja em que participo, coisa que não fazia desde que me afastei da empresa e comecei a usar oxigênio 24 x 7, ou seja, a 5 meses atrás. Foi muito bom ter ido na igreja, rever e cumprimentas os amigos, saber que estão orando por mim e como disseram alguns, servir de incentivo a muitos.
     Com relação ao dia 17, o mesmo não foi tão bom quanto o anterior. Já pela manhã tive pouco apetite, Sangue na urina (urina vermelha) logo que acordei e várias vezes durante o dia, secreção brônquica com um pouco de muco (essa secreção já me acompanha a vários dias, as vezes em maior e as vezes em menor quantidade).
     No período da tarde, minha esposa foi me representando em uma consulta médica com um nefrologista (especialista em rins), para falar sobre meu problema de sangue na urina. Vários exames de sangue foram solicitados e também ecografia das vias urinárias e urotomografia. O retorno com o esse médico foi agendado para o dia 26/10, mas nesse dia eu estarei presente. No período na tarde também, apareceu um pouco de ansiedade, principalmente após quedas rápidas de energia elétrica, fazendo com que o concentrador de oxigênio desligasse e ligasse novamente, várias vezes. O problema maior é que caso acabasse o fornecimento de energia, eu tinha disponível apenas um cilindro com carga para cerca de 1 hora, visto que eu já havia usada a maior parte da carga. Na pior das hipóteses, caso acabasse a energia, eu teria que acionar o serviço de emergência 192 (SAMU).
     No dia 18 acordei bem, sem ansiedade e disposto a finalizar muitas tarefas pendentes. Bom apetite pela manhã. Apareceu sangue na urina com mais intensidade, antes de descer para a parte de baixo do sobrado e um pouco mais fraco durante todo o dia. A secreção brônquica de cor amarela apareceu novamente, mas como sempre em pequena quantidade e logo no inicio da manhã. Até hoje não descobri a causa dessa secreção.
    Não está sendo fácil, mas estou conseguindo evitar de comer alimentos com glúten e lactose. Açúcar branco/refinado faz tempo que não uso. Estou usando açúcar demerara (tem bem mais vitaminas e nutrientes) e/ou mel, para adoçar minhas bebidas. O que pretendo mesmo é diminuir ao máximo a ingestão de açúcar, visto que ele está ligado a muitas enfermidades, inclusive a produção de muco, que é um dos meus problemas (secreção de muco vindo da traquéia). Por volta das 22:00 desse dia por exemplo, tive um ataque de tosse e expeli bastante muco, do tipo "clara de ovo".
     Com relação ao dia 19, informo que acordei bem, as 05:50, visto que as 06:30 seria realizada a coleta de sangue e urina para análise. Prefiro pagar 30,00 para fazerem a coleta domiciliar do sangue, do que gastar a carga de um cilindro, o qual custa cerca de 70,00 e dá apenas para 3 a 4 horas (usando 3 litros). Urina com pouco de sangue no primeiro jato e depois amarela escura. Sem muito apetite no café da manhã, mas me alimentei bem (duas tapiocas e café). Fisioterapia usando 3 L de O2, porém prejudicada por uma mistura de ansiedade mediana, saturação um pouco mais baixa do que de costume e bastante secreção bilateral, na ausculta. Não fiz os dois últimos exercícios (escada e caminhada). Sentia um tanto de secreção nos brônquios. Ainda não tinha feito inalação quanto fiz fisioterapia.
     Inalador com defeito. Deverá ser trocado o cristal, que é uma peça essencial para o funcionamento do mesmo.  As 14:30 sai para fazer exame de ecografia e tomografia das vias urinárias, mas antes tive que tomar o tal do Rivotril, para diminuir o pouco de ansiedade que se fazia presente.
     Tudo O.K nos exames. Ecografia mostrou pedra de 3 mm apenas no rim direito. Já cheguei a ter pedras de 7mm em cada rim. Penso que um suplemento que estive usando, chamado NQI, me ajudou a dissolver os cálculos renais.
     Para finalizar, comento sobre o dia 20. Nesse dia eu acordei bem, por volta das 06:30. Urina sem sangue nesse dia, somente amarela escura no inicio. Quase sem secreção brônquica. Apetite mediano no café da manhã, mas me alimentei bem, porém não consegui evitar o glúten nesse dia. Fisioterapia com 3 L de O2. Sem inalação, visto que inalador ainda está com defeito. Sem necessidade de Rivotril hoje. Bom apetite no almoço (Arroz, peito de frango e saladas). Urina clara no período da tarde. Apetite no jantar bom, porém pequei novamente, comendo pão e bolo, que contém glúten. Acesso de tosse com secreção tipo clara de ovo às 18:50 e às 23:50.
     Analisando esses últimos dias, meus desafios são: Descobrir o motivo do sangue na urina, descobrir o motivo dos episódios de ansiedade, descobrir o motivo da falta de apetite e descobrir também o motivo das secreções de cor amarela, que insistem em sair mesmo que em pequenas quantidades, logo depois que acordo. Se eu conseguir a cura para esses problemas, não me importo em ficar sem saber as causas.  Penso que com a fisioterapia, a alimentação mais saudável e os medicamentos que estou usando, muitos deles naturais, vão me ajudar a me livrar desses problemas. Sem contar é claro que oro constantemente a Deus, que é o médico dos médicos. Quando for da vontade dele, a cura virá.


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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

DIA 12/10/2016 E MINHA ROTINA DE EXERCICIOS E FISIOTERAPIA

Como eu estava em (12/10/2016 e Minha rotina de exercícios, durante a fisioterapia respiratória.

     Hoje pretendo comentar algumas coisas que aconteceram comigo no dia 12/10, as quais penso que são comuns para muitos que sofrem com a fibrose e/ou hipertensão pulmonar. Também falarei sobre a minha rotina atual de exercícios durante a fisioterapia respiratória

12/10/2016
     Na manhã desse dia, acordei e medi a saturação antes de sair da cama. Estava em 96 % e o concentrador configurado para liberar 3 litros de oxigênio. Não sentia ansiedade, como sinto muitas vezes pela manhã. Quando levantei, a saturação caiu para 88 e após tosse, chegou a 80. Sempre pela manhã fico com respiração curta, devido a uma possível secreção na traqueia que fica querendo sair mas demora a ser expelida. A urina saiu amarela escura e me pareceu ter visto vestígios de sangue, mesmo eu não usando Xarelto (anticoagulante). Preciso dar um jeito de tomar mais líquidos, pois tenho pedras no rins, porém, segundo os médicos, quem tem Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) não pode tomar muito liquido, para não forçar muito o coração. Além de pouco apetite, também sinto pouca sede durante o dia. Já me orientaram a andar com um garrafa de água sempre próximo a mim e/ou agendar no celular, para alertar de tempo em tempo sobre a hora de beber agua.
     Logo que desci para a sala, fiz inalação para tentar melhorar a saturação. Usei soro, 5 gotas de Berotec e 30 de atrovent.
     Apesar de tomar Cobavital logo que acordei, senti pouca fome na hora do café da manhã. 
     Pouco animo pela manhã, devido ao inicio de ansiedade. Fisioterapia iniciou as 10:00, usando 3 litros de O2. Como a fisioterapia não resolveu o problema de ansiedade, tomei 3 gotas de Rivotril, que melhorou minha situação em cerca de 20 minutos. Não gosto de usar esse medicamento, pois dizem que vicia, mas as vezes é necessário. Me senti bem a ponto de lavar a louça do almoço.  Almocei bem. 
     No inicio da tarde fiz nova inalação, porém usando apenas prata coloidal. Hoje esposa e filhos foram no cinema. Espero logo poder ir com eles, mesmo se tiver que usar concentrador portátil. Atualmente não consigo usar concentrador portátil, pois a maioria dos que existem hoje, fornecem no máximo 2 litros de O2 por minuto e geralmente uso de 3 a 4 litros. Existem alguns concentradores que fornecem O2 em maior quantidade, porém de forma pulsada. Não é fácil acostumar com esse tipo de concentrador. Preciso melhorar um pouco mais minha saturação para poder utilizar um deles. Minha única alternativa caso eu quisesse sair passear, seria sair com o cilindro de oxigênio, o qual para mim dura de 3 a 4 horas apenas e cuja recarga sai por 70,00.
     Em outra oportunidade, pretendo falar mais sobre cilindros e concentradores, pois a maioria das pessoas que precisam começar a fazer uso de oxigenoterapia desconhecem as opções de cilindros e concentradores, bem como os cuidados com eles e com seus acessórios.
      Boa parte da tarde, passei na Internet. Saturação as 20:00 estava em 92 %, usando apenas 1 Litro no concentrador (muito bom). Próximo de não precisar usar o concentrador, quando eu estiver sem fazer esforço.
     Jantei bem, tomei Pantoprazol, remédios para hipertensão e Acetilcisteina e enfrentei as escadas do sobrado para ir tomar banho e dormir. 


Minha rotina de exercícios, durante a fisioterapia respiratória
      Como informei no primeiro post, desde que fui diagnosticado com fibrose pulmonar eu tenho lido sobre a importância da fisioterapia respiratória, para manter/melhorar a capacidade pulmonar. Já fiz hidroginástica, exercícios em academia, exercícios em casa, dezenas de sessões de fisioterapia em uma clinica, porém, nunca com a regularidade necessária para sentir os benefícios que poderiam vir. 
     Nesse link é explicado o que acontece internamente no corpo de pessoas sedentárias, dificultando a execução até mesmo de tarefas mais simples, como subir uma escada sem se cansar:  http://race.com.br/pagina.asp?cod=2506
 
Rotina de exercícios: Atualmente estou fazendo fisioterapia 5 vezes por semana, das 10:00 as 11:00, com o acompanhamento de uma fisioterapeuta. Ela faz a "ausculta pulmonar", e caso ouça algum ruído (estertor), faz a tapotagem, que trata-se de tapas nas costas, para soltar secreções. Após a tapotagem, inicia-se a série de exercícios, os quais relatarei na sequencia. Na fisioterapia, faço uso também do Respiron (Ver imagem), o qual trata-se de um aparelho onde temos que puxar o ar, para fazer com que algumas bolinhas subam. Isso permite aumentar a capacidade pulmonar com o tempo e a prática. No aparelho, é possível escolher o nível de dificuldade em puxar o ar. 
Respiron
Exercicio 1: Sentado na cadeira, os braços deverão estar fechados (posicionados em frente ao rosto). O exercício começa abrindo-se os braços e inspirando profundamente (ver imagem), depois fecha os braços novamente, levando-os a posição inicial e fazendo a expiração completa do ar dos pulmões. Deverão ser feitas 10 repetições. Esse exercício pode ser realizado com ou sem o elástico extensor, mostrado na imagem. Na segunda série desse exercício é feita uma alteração, onde a pessoa inspira até meios pulmões e faz-se apenas a metade da abertura dos braços, espera-se 1 segundo  e depois finaliza, completando o movimento de abertura e a inspiração. Na terceira série, altera-se novamente o exercício, dividindo a inspiração e a abertura dos braços em 3 tempos e dando uma pausa de 1 segundo entre cada passo. Dessa forma, a pessoa vai inspirar um pouco, segurar o ar, inspirar mais um pouco e segurar novamente e depois terminar de inflar os pulmões. Os braços acompanham a respiração, abrindo um pouco inicialmente e parando, depois mais um pouco e no final, abre-se totalmente os braços, abrindo assim a caixa toráxica.
Obs.: A expiração (soltar o ar dos pulmões) é sempre feita de uma vez só.

Exercicio 2:  Exercício realizado com o Respiron, mostrado na imagem acima. São realizados 3 séries de 15 "puxadas de ar". A ideia é manter as bolinhas em cima o máximo de tempo possível.
Como esse equipamento possui 4 regulagens de níveis de dificuldade (0 a 3), cabe a pessoa e ao fisioterapeuta decidirem em qual iniciar. Eu estou usando o nível 1 no momento.


Exercício 3: Nesse exercício, a pessoa permanece sentada faz a  elevação de cada uma das pernas.  15 vezes uma e depois 15 vezes a outra. São realizadas duas séries.
Exercício 4: Esse exercício é realizado de pé. Apoiado em uma cadeira, a pessoa deve abrir lateralmente uma das pernas 15 vezes, descansa e depois faz o mesmo movimento, com a outra perna. São realizadas duas séries desse exercício.
Exercício 5: Nesse exercício, a pessoa deve ficar na ponta dos pés, ou seja fazer uma elevação plantar e depois retornar a posição inicial. São realizadas 20 repetições, descansa e depois mais 20 repetições.
  
Exercício 6: Nesse exercício, a pessoa deve fazer agachamentos enquanto caminha, sendo um passo, agachamento, levanta, novo passo, novo agachamento e assim até chegar em uma distância determinada. Depois faz-se o retorno a posição inicial, andando e fazendo agachamentos. Atualmente uso 5 metros para fazer esse exercício. São feitas duas séries.

Exercício 7: Nesse exercício, a pessoa sobe um ou dois degraus da escada e depois desce de costas. O movimento de subir e descer, deve sempre iniciar com a mesma perna, ou seja, se para subir iniciou com a perna direita, para descer deve-se usar a direita também.



     Iniciei a fisioterapia no dia 29/10/2016, ou seja, fazem duas semanas. A tendência é que a fisioterapeuta vá aumentando a quantidade/dificuldade das séries e até mesmo incluindo alguns novos exercícios. Na semana que vem pretendo intensificar a fisioterapia, repetindo os exercícios no período da tarde. Dessa forma, se for da vontade de Deus, daqui há alguns meses poderei postar aqui fotos minhas ultrapassando a linha de chegada de alguma maratona de 10 Km. Sonhar não custa nada... 

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