segunda-feira, 24 de outubro de 2016

CONCENTRADORES DE OXIGÊNIO

Concentradores de oxigênio
     O uso de cilindros e concentradores de oxigênio é uma realidade na vida de muitos portadores de fibrose pulmonar e/ou hipertensão pulmonar, visto que infelizmente essas doenças tendem a evoluir, fazendo assim com que o médico indique a oxigenoterapia, a qual consiste na administração de oxigênio em uma concentração maior do que a encontrada na atmosfera.
     Ao nível do mar, a concentração de oxigênio no ar ambiente é de 21%. Com o uso de concentradores e/ou Cilindros, o ar fornecido ao paciente é "enriquecido" com oxigênio, tornando a respiração mais fácil e promovendo assim  a  diminuição  da  carga de  trabalho  cardiopulmonar.
     Quando o paciente recebe do médico a indicação da necessidade de uso de oxigênio, muitas dúvidas surgem, pois normalmente ele nunca precisou preocupar-se com: Tamanhos e tipos de cilindros, capacidade em m³, capacidade em litros, válvula reguladora de pressão de cilindro, manômetro, concentradores de oxigênio (modelos, capacidades, cuidados), mangueiras, cateter, etc.
     Tentarei passar um pouco do que aprendi sobre esses termos, os quais acabarão sem dúvida fazendo parte da vida de quem necessitar fazer uso de O2 (oxigênio).
Concentradores não portáteis
     Os Concentradores de Oxigênio, são equipamentos elétricos que concentram o oxigênio a partir do ar ambiente, utilizando a tecnologia de separação de gases através de peneiras moleculares. São ligados na tomada da casa. Não são portáteis e permitem a regulagem de fluxo de 0,5 Litros  até 5,0 litros/min a uma concentração de até 96% de oxigênio, ou seja, enriquecem o ar ambiente, elevando de 21 % para próximo a 96 % a concentração de oxigênio, tornando assim a respiração mais fácil.
     Os Concentradores geralmente possuem sistemas de alarmes para falta de energia e falhas no sensor de oxigênio ou outro problema técnico. Um apito bem forte é acionado, para que alguém verifique o problema, visto que a vida do paciente pode  estar em perigo devido a falhas no fornecimento de oxigênio.
     Possuem pequenas rodinhas, facilitando seu deslocamento e oferecendo mobilidade ao paciente dentro de sua residência. Como não são portáteis, não podem ser ligados na tomada de 12 volts dos carros.
      Importante: Cabe ao usuário ver no manual a forma de como fazer a higienização do aparelho. Algo bastante importante é limpar frequentemente o filtro de ar do aparelho, caso o manual indique. o modelo que faço uso acumula muito pó no filtro que fica na parte traseira. Limpo a cada 3 dias, retirando o excesso de pós e passando debaixo da agua.
     Abaixo estão listados os modelos mais comuns. 
              AirSep                                         EverFlo                            

  

    Devilbiss                                       Millennium




Regulando a saída de oxigênio: Todos os concentradores possuem um regulador de saída de oxigênio, podendo-se fazer ajustes de 0,5 até 5 litros, na maioria dos modelos (ver imagem). Quem indica a quantidade de oxigênio a ser usada, geralmente é o pneumologista, mas o paciente deve ficar atento na sua saturação de oxigênio, a qual pode ser medida com a ajuda de um oxímetro de dedo (ver imagem). O oxímetro mede tanto a saturação de oxigênio no sangue, a qual deve estar acima de 90 %, como também os batimentos cardíacos.
Regulador de saída de oxigênio                               Oxímetro

     







Geralmente o médico indica uma quantidade de oxigênio para repouso, outra para atividades e outra para hora de dormir.
     Atualmente eu uso 3 litros durante o dia, para fazer fisioterapia e para dormir. Quando vou tomar banho e logo que acordo, geralmente uso 5 litros. Usar oxigênio demais ou de menos pode ser prejudicial para o paciente. Caso o mesmo note que a saturação está muita baixa, recomenda-se falar com o médico.

Copo umidificador:
     Tanto os concentradores, como também os cilindros, possuem um copo umidificador que são acoplados antes da mangueira (Ver imagem). A finalidade é umidificar o ar que sai do equipamento, evitando assim que o mesmo resseque muito a parte interna do nariz, o que poderia causar sangramentos nasais.
     Me orientaram a utilizar água fervida e previamente fria, para enchê-lo. Algumas pessoas me informaram que usam agua mineral, porém, nesse caso existe a necessidade de ficar constantemente de olho no caninho que vai dentro do copo umidificador, para ver se os minerais não estão entupindo o mesmo, após alguns dias de uso. Esse copo possui uma medida máxima e mínima para que o usuário evite encher demais ou de menos o mesmo. Fui orientado a encher sempre até o meio dessas marcas.  
                                     Copo umidificador

Mangueira/extensão:
     A mangueira é utilizada tanto nos concentradores, como também nos cilindros (Ver imagem). Recomenda-se utilizar uma com comprimento suficiente para permitir que o paciente tenha bastante mobilidade no espaço onde vive. A minha possui 7 metros de comprimento. Também é recomendado fazer a troca dessa mangueira de tempos em tempos.

                                       Mangueira

Cânula (catéter) nasal:
     Ligada no final da mangueira, vai a cânula (catéter) nasal (ver imagem). Existem as cânulas para adultos e infantis. A troca da cânula geralmente é feita bem mais frequentemente do que a troca da mangueira. Recomenda-se também lavar a mesma algumas vezes por semana, com agua e sabão neutro ou usando um desinfetante apropriado. Uma das imagens a seguir, mostra a forma correta de usar o cateter.
Cânula (cateter) nasal         Posicionamento do cateter

Oxigenoterapia - Link com mais informações:


Concentradores portáteis
     Dependendo da situação do paciente, é possível que o mesmo possa utilizar um concentrador de oxigênio portátil, aumentando assim a mobilidade do mesmo, facilitando os passeios, idas a mercado, consultas médicas, viagens, etc.
     Eu aluguei uma vez o concentrador EverGo - Philips Respironics e acabei não me acostumando a ele, pois o mesmo usa a tecnologia de pulsos sobre a qual comentarei mais adiante. Essa tecnologia permite a economia da bateria, porém faz com que a pessoa precise sincronizar sua respiração com o fluxo de ar que sai do equipamento. Por sua vez, o equipamento também fica a todo momento tentando detectar sua respiração, para também se adaptar. Outra caracteristica que dificulta o uso desse modelo, é o fato do mesmo possuir uma vazão de oxigênio pequena, ou seja, não são todos que podem se beneficiar desse modelo e da muitos que estão a venda no mercado, pois a maioria fornece de 1 a 2 litros de O2 no máximo. Os pacientes que apresentam uma frequência respiratória alta ou que necessitem de fluxo elevado de oxigênio poderão necessitar de mais oxigênio do que a capacidade de produção do concentrador portátil , portanto, podem não ser candidatos adequados.
     Para quem tem interesse em adquirir um concentrador portátil, o ideal seria alugar um modelo por 1 dia ou mais, para ver se consegue se acostumar com o mesmo. Outra opção é ver com o representante do equipamento se o mesmo possui um equipamento para testes antes da aquisição.
     Outro fato que limita o uso de concentradores portáteis, é o alto custo, pois os preços desses modelos mais comuns, está em torno de R$ 15.000 a R$ 20.000. 
Obs.: Os pacientes em Oxigenoterapia domiciliar devem ter um cilindro de reserva para ser utilizado em casos de falta de energia elétrica e/ou falha técnica do equipamento.
     Abaixo seguem algumas especificações importantes a serem observadas, quando se pretende adquirir um concentrador portátil.
Fabricante: Uma marca conhecida, geralmente permite uma melhor assistência técnica no futuro.
Vazão de oxigênio: Alguns fornecem apenas 1 litro de oxigênio. Outros fornecem mais, porém em modo pulsado, o qual não é de fácil adaptação para muitas pessoas.
Medidas (A x L x C) e peso: Quanto menores as medidas e o peso do equipamento, mais fácil será para carregar o mesmo, porém geralmente a vazão tende a ser menor.
Voltagem: A maioria dos equipamento portáteis é bivolt (110 V, 220 V) e podem ser utilizados também no adaptador de 12 volts dos veículos.
Tempo de autonomia da bateria: Alguns modelos permitem autonomia de 1 hora, 2 horas e até mais, porém esse tempo vai depender muito da vazão de oxigênio, do tipo de fluxo (pulsado ou continuo), do bom funcionamento das baterias, etc. O Manual do fabricante geralmente indica o tempo de autonomia da bateria em cada situação.
Outras: Algumas outras características a serem verificadas são: Maleta e carrinho para transporte, possibilidade de ligar na tomada do carro, assistência técnica, tempo de garantia, baterias extras, etc.
     Abaixo segue a imagem de alguns dos concentradores mais usados:
 Evergo
Fabricante: Philips
Vazão de oxigênio: Até 1,05 litro, podendo-se escolher entre seis regulagens de fluxo.

Medidas: 15 cm x 22 cm x 30 cm
Peso: 4,5 Kg com duas baterias e 3,8 kg com 1 bateria
Tempo de autonomia da bateria:
  4 horas, na vazão máxima, com duas baterias.

Maleta e carrinho para transporte: Sim
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim

 Simplygo

Fabricante: Philips
Vazão de oxigênio: Até 2 litros de fluxo continuo ou podendo-se escolher entre seis regulagens de fluxo no modo pulsado.

Medidas: 29,2 cm x 25,4 cm x 15,2 cm
Peso: 4,5 Kg com bateria instalada
Tempo de autonomia da bateria:
  3 horas em modo pulsado 2 (Baseado em 20 respirações por minuto) 54 minutos em fluxo continuo (2 litros)

Maleta e carrinho para transporte: Sim
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim
LifechoiceActivox
Fabricante:  Inova Labs
Vazão de oxigênio: Até 3 litros  no modo pulsado.

Medidas: 22,98 cm x 20,002 cm x 11,125 cm
Peso: 2,19 kg (com bateria interna)
Tempo de autonomia da bateria:
12 horas de autonomia a 1 litro por minuto.

Maleta e carrinho para transporte: Devido ao peso, não necessita de carrinho.
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim


FreeStyle
Fabricante: Inova Labs
Vazão de oxigênio: Até 3 litros  no modo pulsado.

Medidas: 21,8 cm x 15,5 cm x 9,1 cm
Peso: 0,8 kg (com bateria interna)
Tempo de autonomia da bateria:
3 LPM – 2 h; 2 LPM –
2,5 h; 1 LPM – 3,5 h

Maleta e carrinho para transporte: Devido ao peso, não necessita de carrinho.
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sim

FreeLox 2
     O sistema Freelox 2  baseia-se no uso do oxigênio líquido. O sistema de oxigenoterapia Freelox 2  proporciona um fluxo contínuo de oxigênio respirável que pode ser ajustado para se adequar à prescrição médica.
    O  sistema  consiste  de  duas  partes,  o  recipiente  “RESERVA”  e  um  recipiente PORTÁTIL. O  recipiente  PORTÁTIL,  com  uma  capacidade  de  0.5  ou  1.2  litros de oxigênio liquido,  proporciona grande mobilidade com considerável autonomia de oxigênio.

Fabricante:  Cryopal
Importador e Distribuidor: Air Liquide Brasil Ltda.
Vazão de oxigênio: Até 6 litros  no modo continuo.

Medidas (Unidade Portátil de 0,5 litros) : 29,5 cm x 19,5 cm x 13 cm
Peso: 2,1 kg (cheio)
Tempo de autonomia da bateria:
Sem bateria, pois baseia-se na evaporação do oxigênio liquido. Autonomia depende da vazão e do tamanho do recipiente portátil. Por exemplo:
7  horas de autonomia a um fluxo de 2  l/min.  com um recipiente portátil de 1,2 litro).

Maleta e carrinho para transporte: Devido ao peso, não necessita de carrinho.
Possibilidade de ligar na tomada do carro: Sem uso de tomada, devido ao principio de funcionamento (evaporação do O2 liquido)
  
Obs.: Lembrar sempre que os concentradores portáteis não dispensam o paciente de ter um cilindro de oxigênio, para o caso de falta de energia elétrica.

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2 comentários:

  1. oi. amigo. suas informaçoes e muito importante. so tem um porem . vc trocou os nome dos concentradores : o de cima e devilviss e o debaixo e millenium. o melhor e o everflo. o air sep e bom mas fazem muito barulhos.

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  2. Porquê a utilização do concentrador de forma continua se torna ao longo de um período prejudicial ao paciente dpoc

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